Crise
Esta quinta-feira será a última vez, até 2018, que se realiza em dia feriado o 1 de Novembro, assinalado o Dia de Todos os Santos e aproveitado para romagens aos cemitérios.
A data é um dos dois feriados religiosos que desaparecem do calendário português, pelo menos durante cinco anos, na sequência do acordo entre o Governo e a Santa Sé, depois de ter sido subscrito na Concertação Social entre o Governo, associações patronais e a UGT, uma das duas centrais sindicais. O executivo admite rever a suspensão em 2018.
O outro feriado religioso "cortado" pelo Governo é o Corpo de Deus, assinalado 60 dias após a Páscoa. Os feriados civis do 5 de Outubro (Implantação da República) e 1 de Dezembro (Restauração da Independência) também deixam de ser dias feriado nacionais a partir do próximo ano.
O Dia de Todos os Santos, descreve a Enciclopédia Católica, destina-se a prestar "honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos" e começou a ser praticado por cristãos no Século II em homenagem aos que, de entre os seus, haviam sido martirizados e que imaginavam terem ido para junto de Jesus Cristo, no céu.
A comemoração regular só começaria, no entanto, em 609 ou 610, por decisão do Papa Bonifácio III, mas a mudança para 1 de Novembro só ocorreria durante a vigência do Papa Gregório III (731-741), desconhecendo-se relatos que indiquem a razão porque escolheu a data.
Em Portugal, além das deslocações aos cemitérios para homenagear os antepassados falecidos, colocando-lhes crisântemos nas campas, o dia é ainda assinalado com peditórios, pelas crianças, do "Pão Por Deus", uma tradição que remonta a 1756, um ano depois do violento sismo que, a 1 de Novembro, devastou a cidade de Lisboa, de acordo com os relatos históricos e, nos últimos anos, pela Liga Portuguesa Contra o Cancro.
A pobreza que atingia a grande maioria da população de Lisboa na altura agravou-se com a destruição causada pelo abalo.
No dia em que passou um ano sobre a catástrofe, os habitantes aproveitaram a comemoração do feriado do Dia de Todos os Santos e saíram pelas ruas, de porta em Porta, pedindo "Pão por Deus" para lhes minorar a fome, agravada pela destruição do terramoto.
A tradição espalhou-se por outros pontos do país e nalgumas zonas passou a ser conhecida por "Dia dos Bolinhos".
Nas décadas de 1960 e 1970, durante a ditadura, foram impostas regras e o "Pão Por deus" só podia ser pedido por crianças com menos de 10 anos e apenas até ao meio-dia.
A tradição do "Pão Por Deus" veio a perder-se e actualmente já não se pratica, tendo vindo a ser substituída pela tradição do "Halloween" ou "Dia das bruxas", importada de países anglo-saxónicos, com destaque para os Estados Unidos.
Fonte: jornal “Económico”
1 de Novembro de 2012
Comemorações do Dia de Todos os Santos na Paróquia de Boelhe
11 horas – Eucaristia na Igreja Matriz de Boelhe
16 horas – Romagem ao cemitério paroquial
Solicita-se à comunidade que, ordeiramente, evite estacionar veículos no Largo da Igreja, respeitando a mobilidade nos acessos à Igreja Matriz e ao Cemitério Paroquial de Boelhe.
2 de Novembro de 2012
Solenidade de "Fiéis Defuntos" na Paróquia de Boelhe
19 horas – Cerimónias na Igreja Matriz de Boelhe
Horário do Cemitério Paroquial de Boelhe: abertura às 8 horas; encerramento às 20 horas.
Entre os dias 1 a 4 de Novembro decorrerá o Peditório Nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Na freguesia de Boelhe, far-se-á o peditório, como habitualmente, no Largo da Igreja.