As pessoas têm o direito e também o dever de participar nas decisões políticas
Um dos mais preocupantes problemas da nossa democracia é o alheamento de grande parte da população, especialmente a mais jovem, da participação cívica e política e esse problema tem consequências graves onde, cada vez mais, se verifica um distanciamento entre os jovens e a sua localidade, concelho, país e Europa.
A abstenção é o maior inimigo da democracia. O exercício do voto é a figura máxima da participação democrática, pelo que a demissão dessa responsabilidade revelasse absolutamente preocupante. Por dois motivos. Em primeiro lugar, pelo que isso significa de afastamento da vida pública e política. Em segundo lugar, pelo que significa de descontentamento pela forma como se faz política.
A responsabilidade dessa situação não se deve, apenas aos jovens. Deve-se, isso sim, a anos e anos de descredibilização do poder político, com práticas que levam a que se acredite na necessidade de conhecer alguém no Poder, ou ter militância no partido do Poder, tendo por objectivo, não a participação cívica, mas apenas a possibilidade de exercer um “cargo” público/político.
As propostas e as soluções devem ser apresentadas às populações. As pessoas têm o direito e também o dever de participar nas decisões políticas. Só uma política de diálogo, transparente e aberta à participação dos cidadãos, poderá vir a reverter esta situação.
Acreditar e defender a pluralidade ideológica que a nossa democracia alberga torna-se necessário. Sem ela, o Poder corre o risco de se alhear dos reais problemas dos cidadãos que representa e de provocar desânimo, alheamento e rejeição do modelo político.
O Poder deve estar junto das pessoas e dos agentes económicos e sociais
O Poder não deve ser um poder autocrático, deve privilegiar a abertura aos cidadãos e fomentar a sua participação activa. Mas, é exactamente isso que tem faltado nos últimos anos.
Esta falta de vontade do poder local para que os jovens participem nas políticas de juventude levou à inexistência destas políticas. Deixar que a juventude desafie o seu próprio futuro, tal como a geração de Abril o fez.
Europeias
Para quem tem dúvidas sobre em quem votar nas próximas eleições para o Parlamento Europeu, para quem quer saber se aquilo em que acredita corresponde ao programa do partido em que está a pensar voltar, para quem não sabe qual o partido que mais se aproxima dos seus ideais e para quem só quer testar, sugiro-lhe a visita ao site da União Europeia. Está em português e demora apenas uns minutos.