Festas em Honra a S. Gens e Nossa Sr.ª do Rosário
16 horas, Actuação musical
19 horas, Entrega das festas à nova comissão
22 horas, Actuação musical
Encerramento das festividades
Largo da Arca
Alvorada da manhã
9 horas, Entrada das bandas de música de Amares e Fermentelos
11 horas, Celebração Eucarística solene das festividades a S. Gens e N.ª Senhora do Rosário
15 horas, Actuação da fanfarra dos B.V. Penafiel
16 horas, Lançamento de Paraquedistas
17,30 horas, Recitação do Terço
18 horas, Majestosa procissão a S. Gens e N.ª Senhora do Rosário com andores floridos, figuras históricas e tradicional romagem
22 horas, Arraial nocturno com as bandas de música de Amares e Fermentelos
23,45 horas, Sessão de Fogo de Artifício
Surpresa final
Largo da Arca e Igreja Paroquial de S. Gens
29. Ago. 2009
20,30 horas, Celebração Eucarística em honra a N.ª Senhora do Rosário
21,30 horas, Procissão de Velas
22,30 horas, Actuação musical da banda Central Rock
23,45 horas, Sessão de fogo de artifício
24 horas, Actuação musical com Jorge Ferreira e sua banda
No final, continuação musical com a banda Central Rock
Igreja Paroquial de S. Gens e Largo da Arca
28. Ago. 2009
22 horas, Noite de Folclore com a actuação dos Ranchos Folclóricos da Associação Desenvolvimento de Boelhe, S. João de Alpendurada e Infantil de Cabeça Santa
Largo da Arca
27. Ago. 2009
22 horas, Actuação de diversos Grupos de Bombos "Zés Pereira´s": Rio de Moinhos "Os Amigos de Cima", Penafiel "Rancho Folclórico", Marco de Canavezes "Laurentim" e "Ariz"
Largo da Arca
Grupo de Bombos "Os Amigos de Cima", Vila de Rio de Moinhos, percorrerão a freguesia no tradicional arruado e peditório das festas
25. Ago. 2009
21 horas, Celebração Eucarística em honra ao padroeiro S. Gens
Igreja Paroquial
25 de Agosto, dia de S. Gens
a vida e a origem das festividades
S. Gens, Advogado das Operações, é o padroeiro da freguesia de Boelhe, em honra de quem são realizadas as majestosas festas da paróquia, na última semana de Agosto, aliás uma importante romaria que atrai milhares de pessoas de toda a região. Em relação à vida deste santo, existem poucos documentos históricos e, por isso mesmo, poucas são as certezas mas tradicionalmente é considerado padroeiro dos actores e comediantes.
Ao que parece, Gens viveu no tempo do imperador romano Diocleciano (fins do séc. III), era actor e, em determinada ocasião, representava o papel de um cristão a receber o Baptismo ridicularizando essa mesma situação. Foi nessa altura que recebeu a graça da fé e, terminada a sua representação, declarou-se cristão. Como esta nova religião era perseguida na altura e ele não quis retratar-se, foi condenado à decapitação.
Bem-aventurado estrangeiro, canonizado pela Igreja, quase desconhecido fora da região da sua naturalidade, o sudeste da França - região quase alpina e pouco distante, relativamente, dos lugares onde por certo viveu alguns dos primeiros anos da sua existência a piedosa princesa da Casa de Sabaioa. Predicador exaltado, que um dia, em plena juventude, se refugiara, com austeridades eremíticas, semelhantes às de S. Jerónimo, no agreste e despovoado chão de Beausset, aquele servo de Deus ali se mortificara e morrera por fim, ainda na flor dos anos, mas com tamanha fama de santidade que todo o povo das cercanias começara a render-lhe culto antes que a Igreja o elevasse aos altares.
Como explicar verosimilmente a homenagem prestada ali, em tão obscura aldeia portuguesa, a um santo cujo culto conhecia aquém dos Pirenéus?
Desde os mais distantes dias da sua infância, a generosa princesa italiana Mafalda, devia ter assistido a bem dizer, à glorificação de S. Gens, santo cuja popularidade era então muito grande; e não será ousado supor até que ela própria participasse alguma vez das peregrinações que em várias épocas do ano, sobretudo em Maio, levavam ao deserto de Beausset longas caravanas de romeiros do Piemonte e de Saboia. D. Mafalda de Saboia, a mulher de D. Afonso Henriques, a primeira Rainha e o primeiro Rei de Portugal, apesar do breve reinado que encontro na terra portuguesa (12 anos apenas), deixou o seu nome vinculado a numerosas instituições religiosas, quase sempre de intuitos beneficientes, tal como a Albergaria de Canavezes e a Igreja Românica da Póvoa de Mileu. Falecera muita nova, em 1157.
Recordada como "filha" de Boelhe, foi a mentora, responsável e obreira pela construção da Igreja de S. Gens de Boelhe, datada do século XII, hoje monumento nacional. Por ser um desses veneráveis santuários e, mais ainda, um documento vivo dos progressos da nossa cultura intelectual e artística em tão bárbara época como aquela em que foi edificada, a Igreja de S. Gens de Boelhe relembra e dignifica o sentimento religioso que tanto fortaleceu aos nossos arqui-avós nas lutas intentadas para a conquista do quinhão territorial.
Se não podemos duvidar de que o solo das verdadeiras pátrias é constituído pelas cinzas dos seus filhos mortos, não devemos também esquecer que só em certos lugares, convertidos em santuários pelos nossos antepassados mais remotos, se conserva ainda hoje, com maior pureza e mais alentadora fé, a alma forte da colectividade, o forte vitae espiritual do nosso mundo de irmãos.
As festividades em Boelhe, nesta época, enchem-se de peregrinos para participar quer nas cerimónias litúrgicas de Sábado e Domingo, quer no arraial que apresenta sempre bons artistas musicais e populares, ranchos folclóricos, grupos de bombos, as melhores bandas filarmónicas e as sessões de fogo de artifício. Ano após ano, o ritual repete-se.
A par das festividades da Sr.ª da Saúde (Abragão), Sr. dos Remédios (Rio de Moinhos), S. Simão (Urrô) e S. Martinho (Penafiel), estas são as festas que atraem peregrinos de toda a região norte de Portugal, consideradas das maiores de todo o concelho.
Quer se goste ou não, estas celebrações são o expoente máximo da nossa freguesia, e para tal todos somos convidados a colaborar para a sua realização. Como será sem ela?
Todos aqueles que nela participam, de braços abertos são recebidos – saibamos receber quem nos visita... Uma palavra de gratidão a todos os “festeiros e mordomos” das comissões de festas, não esquecendo os que já faleceram.
Bem hajam São Gens, Nossa Senhora do Rosário e todos aqueles que trabalham e dignificam as festas em honra aos nossos santos padroeiros.
Fontes: Paróquia de S. Gens de Boelhe, Jornal "Villa Bonelli"
Ligações úteis:
http://sgensdeboelhe2004.blogs.sapo.pt/495.html
Romaria e Festas a S. Gens e N.ª Sr.ª Rosário 2004 - Boelhe, Penafiel