A Direcção Sub-Regional do Vale do Sousa e Baixo Tâmega do Partido Comunista Português (PCP), realizou uma conferência de imprensa na passada sexta-feira para mostrar a sua preocupação com a medida do Governo que prevê o encerramento de 94 escolas básicas no distrito do Porto, 75 das quais na região do Tâmega e Sousa e com o facto de em alguns concelhos, caso o de Amarante, Marco de Canavezes e Penafiel, ainda não tenham decididas as transferências dos alunos.
Na conferência de imprensa, onde estiveram presentes Cristiano Ribeiro, Armando Mesquita e Paulo Macieira, os comunistas revelaram-se ainda preocupados com o facto das autarquias não terem em conta os custos com o transporte, a rede e a segurança dos alunos, afirmando não estar contra a modernização das escolas, dotadas de novas valências, mas contra "um modelo de armazém de alunos".
Relativamente a Penafiel, os membros da direcção do PCP defendem que houve uma violação do que foi aprovado na Carta Educativa, pois vão encerrar dezasseis escolas quando estava previsto o encerramento de apenas oito.
Para o PCP, o modelo de "armazém de alunos" não se adequa e entende que o modelo "deve ser aquele que facilite, considerando o encerramento das escolas mas com diálogo entre a comunidade escolar e as famílias", sendo esta medida reflexo de uma "ilusão" por parte das autarquias: "as autarquias iludiram-se com os 75 por cento que o Governo deu para a construção de novos centros escolares, mas esqueceram-se dos restantes 25 por cento que vão ter que pagar e de que têm que assegurar o transporte dos alunos", rematou Cristiano Ribeiro.