Meio de informação e divulgação, aberto à iniciativa e participação da comunidade, procurando difundir a actividade local entre 22 de Junho de 2007 a 1 de Outubro de 2013. Obrigado a todos os 75.603 leitores.

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Fev 11

 

Amela, Boelhe, anos 60 do século XX (Fotografia Albano)

Amela, Boelhe, anos 60 do século XX (Fotografia Albano)

 

Embora não fossem exclusivo deste, terão sido no Rio Tâmega que os moinhos temporários prevaleceram até mais tarde em utilização. Estes extraordinários engenhos eram anualmente reconstruídos no que concerne às suas paredes e telhado, quase sempre em madeira e algumas vezes usando o colmo, assim como no que diz respeito ao seu sistema de moagem. Somente a estrutura base, normalmente em granito, se mantinha no local de ano para ano, ficando submersa pelas cheias e resistindo às águas revoltosas do Inverno.

Estes moinhos de utilização sazonal, somente na Primavera e principalmente no Verão, permitiam aos seus proprietários continuar a moer durante o Estio, altura em que os pequenos ribeiros e corgas deixavam de ter água em quantidade suficiente para accionar os rodízios dos seus moinhos. Haveria mesmo algumas famílias que se mudavam para estas construções durante esses meses do ano, vivendo aí até que a chegada do Inverno as levasse de volta às suas casas nas aldeias da região.

De seguida publicam-se algumas fotografias de recolha efectuada durante a década de 80 do século XX, pouco antes da esmagadora maioria das estruturas destes engenhos terem sido submersas pelas águas da Barragem do Torrão, aquando da subida das águas da sua albufeira.

 

Amela, Boelhe, 1961, travessia de barca dos moleiros e dos seus animais carregados com cereal ou farinha (autor desconhecido) 

Amela, Boelhe, 1961, travessia de barca dos moleiros e dos seus animais carregados com cereal ou farinha (autor desconhecido)

  

Amela, Boelhe, 1986 (autor desconhecido) 

Amela, Boelhe, 1986 (autor desconhecido)

 

Canal de Cima, Abragão, 1986, estrutura base de um moinho temporário (autor desconhecido)

Canal de Cima, Abragão, 1986, estrutura base de um moinho temporário (autor desconhecido)

 

Para mais informações sobre esta temática recomenda-se uma visita ao Museu Municipal de Penafiel e a leitura do seguinte trabalho da autoria da Dra. Teresa Soeiro, historiadora e investigadora a quem muito se deve sobre o estudo e conhecimento destes engenhos:

. SOEIRO, Teresa (2005) -Temporary watermills on the rivers in Northern Portugal. International Molinology. Journal of The international Molinology Society, 71, p.3-13.

fonte: Moinhos de Portugal 

 

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publicado por a nossa terra às 11:52


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