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Out 12

 

Economia

 Poupança: pequenos hábitos

 

Em tempo de crise, é preciso saber reduzir despesas e amealhar algum dinheiro, por pouca que seja.

 

Para sensibilizar os portugueses para pequenos hábitos que podem ajudar a reduzir as despesas, assinala-se esta quarta-feira o Dia Mundial da Poupança, um dia que em tempos de crise tem um significado especial, numa altura em que se fala em amealhar e reduzir ao máximo despesas que no final do mês podem fazer a diferença.

 

Insistir na sensibilização dos mais jovens para a importância da poupança, quer no que toca a saber gerir um orçamento, quer no que diz respeito às boas práticas no uso dos recursos naturais, são alguns dos pontos em análise.

 

O site “Todos Contam” disponibiliza um simulador onde cada um pode fazer contas aos seus rendimentos e perceber quanto dinheiro consegue amealhar ao final de um ano.

 

Em 2013, os portugueses vão ter menos dinheiro no bolso mas diversas instituições prevêem um aumento da poupança; a opção passa por cortar no consumo, precaver-se para o futuro, justamente para fazer face às despesas cada vez maiores das famílias.

 

Há um vasto leque de escolhas para quem quer poupar, mas a análise da Proteste Investe mostra-lhe que nem todas são boas opções.

Análise por Marta Marques Silva* 

 

Num ambiente de crescente incerteza, à qual não escapa o mundo das poupanças e dos investimentos, é importante ter uma visão do panorama geral dos produtos financeiros em Portugal. Conhece todas as opções que tem à sua disposição? Quais as grandes vantagens e inconvenientes de cada produto?

 

No Dia Mundial da Poupança, que se celebra hoje, damos-lhe, nestas páginas, o seu cardápio. Conheça as características dos principais produtos de aforro e investimento que tem para rentabilizar a sua carteira. Indicamos-lhe os instrumentos que recomendamos actualmente. Como se tem visto, a crise e as mudanças legislativas e fiscais têm um impacto importante nas decisões de investimento.

 

A alteração da remuneração dos Certificados de Aforro e suspensão dos Certificados do Tesouro são dois exemplos recentes. Contudo, as dificuldades de financiamento do país aumentaram o rendimento potencial das Obrigações do Tesouro e propiciaram o surgimento de emissões de obrigações das empresas para o grande público.

  

Menos arriscado

 

. Depósitos a prazo

A simplicidade das contas a prazo é o seu trunfo. Estes depósitos são o melhor destino a dar às poupanças para precaver imprevistos. Contudo, as diferenças nos juros são substanciais de banco para banco. Escolha bem!

 

. Certificados de Aforro

O novo prémio de permanência melhorou a atractividade dos Certificados. No entanto, a taxa-base está num valor tão baixo que, mesmo com o prémio, o rendimento deste produto do Estado fica aquém dos melhores depósitos a prazo.

 

. Fundos de Tesouraria em euros

Podem ser reembolsados por norma sem perda de rendimento, mas a remuneração é baixa e não compensa a falta de garantia do capital investido.

 

. Certificados de Aforro

Estes seguros, cujo capital é garantido pelas seguradoras, permitem reforços com baixos montantes. Porém, os custos de subscrição, de gestão e de resgate antecipado são elevados. Os rendimentos têm sido decepcionantes.

 

. Obrigações do Tesouro

Há um ano, as rentabilidades eram superiores a 10%. Agora, os rendimentos são mais modestos (veja em www.deco.proteste.pt/investe/obrigacoes-tesouro), mas continuam uma boa opção de médio e de longo prazo se forem mantidas até à data de vencimento.

  

Recomendado

 

. Fundos de obrigações

O problema do endividamento afectou seriamente Portugal, bem como outros países, em particular na zona euro. Ora, esse "nosso problema" tem beneficiado a procura de títulos de dívida (obrigações) emitidas por economias onde as finanças públicas mostram mais solidez. Os fundos de obrigações dedicados a uma selecção criteriosa de divisas estrangeiras têm sido o nosso veículo de eleição para proteger o seu património contra as dificuldades da zona euro e ainda conseguir valorizações atractivas. Actualmente destacamos os fundos dedicados às obrigações em coroas suecas e zlótis polacos.

 

. Fundos imobiliários

Permitem o acesso ao negócio imobiliário a partir de pequenas quantias. O risco está diversificado pelos imóveis detidos pelo fundo e seleccionados pela entidade gestora. O historial dos fundos imobiliários aponta para um nível reduzido de risco, mas a conjuntura actual é pouco propícia para apostar neste sector. Não invista. Se ainda detém unidades de participação deve resgatá-las.

 

. Fundos mistos

Com algumas centenas de euros pode aceder a todo o potencial dos mercados financeiros mundiais. O risco é limitado porque os fundos mistos investem em dezenas de acções e obrigações de um conjunto variado de países, sectores e moedas. A desvantagem é ter muito menos liberdade de actuação na escolha dos activos que teria se fizesse uma gestão directa de uma carteira de fundos.

 

. Obrigações de empresas

Várias emissões de obrigações, de importantes empresas do nosso país, foram efectuadas recentemente tendo como alvo o grande público. Valem a pena? A resposta tem de ser dada caso a caso. Contudo, é um erro crasso pensar que se trata de uma alternativa aos depósitos. O risco é muito mais elevado, há custos de transacção e a mobilização antecipada pode revelar-se um desastre.

 

. Planos de Poupança-Reforma

A progressiva diminuição dos benefícios fiscais esvaziou o interesse nos Planos de Poupança-Reforma. Sem o acréscimo de rendimento propiciado indirectamente pelos benefícios fiscais é preferível optar por fundos de investimento. Quem já é detentor de PPR não deve fazer reforços. Quanto aos montantes já investidos deve considerar a hipótese de transferi-los para um PPR mais bem gerido.

  

Mais arriscado

 

. Produtos financeiros complexos

Esta categoria abrange um vasto leque de investimentos. Têm em comum o rendimento e o risco serem de difícil percepção para o aforrador. A fórmula de cálculo do rendimento assume por vezes contornos kafkianos. As análises que publicamos sobre estes produtos na PROTESTE INVESTE mostram que, na maior parte das vezes, o rendimento esperado é muito inferior ao máximo anunciado.

 

. Fundos de acções

Estes produtos são a melhor forma de aceder aos mercados accionistas a partir de pequenas quantias. Pode escolher praticamente qualquer bolsa do mundo ou centrar-se numa região ou sector económico e beneficiar de todo o seu potencial de valorização. O investimento é diversificado por várias dezenas (ou centenas) de empresas, o que limita o risco. A selecção e a negociação dos títulos ficam a cargo da entidade gestora, mas respeitando a política definida no prospecto.

 

. Seguros sem capital garantido

Na maioria dos casos, os seguros sem capital garantido não são mais do que fundos de investimento disfarçados: o seu rendimento varia com a evolução das bolsas onde investem. As parcas vantagens fiscais que oferecem não compensam a sua fraca diversidade quando comparada com os fundos de investimento.

 

. Fundos Especiais de Investimento

As regras básicas de prudência e de transparência dos fundos são relaxadas para os Fundos Especiais de Investimento. Dada a grande diversidade, a avaliação tem de ser feita caso a caso. Contudo, até ao momento, nenhum dos FEI existentes no mercado oferece vantagens que compensem os seus riscos. Não recomendamos.

 

. Acções

O investimento directo na bolsa ainda assusta muitos portugueses. É uma opção que implica um acompanhamento próximo dos mercados, sendo necessários alguns conhecimentos sobre finanças e disponibilidade de tempo. Mas esse trabalho pode ser recompensado com elevados ganhos. Para o ajudar nos meandros da bolsa, acompanhamos e avaliamos duas centenas de empresas.

* jornal “Económico

 

publicado por a nossa terra às 13:07


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